Compre Local

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Porque deve comprar aos produtores locais?

Ao comprar produtos aos produtores e agricultores locais, está a promover uma sociedade mais justa e a lutar por um mundo mais equilibrado para si e para os seus filhos!

A melhor forma de reduzir a nossa pegada ecológica, não é reciclar ou comprar carros elétricos, mas sim, comprar produtos locais e menos processados, para reduzir o impacto da nossa alimentação, no ambiente.

Da próxima vez que sair, de uma grande superfície comercial, tenha a coragem de analisar o seu carrinho de compras:

  • Origem de cada produto - se tiver a paciência e somar os quilómetros que fez cada produto para chegar à sua mesa, vai ficar chocado!
  • Número de embalagens plásticas total - não se esqueça que os pacotinhos com doses individuais também contam.
  • Número de etiquetas plásticas - em alguns casos existe até uma etiqueta por cada peça de fruta.
  • Quantos produtos comprou por impulso - cada compra por impulso é um desperdício alimentar que apenas contribui para a obesidade colectiva, e o pior é que a maior parte dos produtos que compra por impulso são um verdadeiro lixo alimentar, e estão carregados de açúcar, sal, corantes e aromas artificiais.
  • Quantos quilómetros fez de casa até ao hiper e vice-versa?
  • Quanto tempo perdeu a estacionar o seu carro e a deambular pelas lojas? 

Na realidade, aquilo que parece prático e rápido, nem sempre é.

Tudo feito
a pensar em si,
mas não pelas
melhores razões.

A maior parte das pessoas, quando faz as compras numa grande superfície comercial, dispersa a sua atenção, porque está sujeita a muitas solicitações e acaba por gastar mais tempo e mais dinheiro, do que gastaria se pudesse, simplesmente chegar a um local e levar o produto de que tem necessidade.

Rara é a pessoa que tem a disciplina, de não ceder às campanhas publicitárias, ou de não se deixar arrastar para as compras de impulso, provocadas pelo posicionamento estratégico dos produtos, pela luz, pela música e até pela organização do espaço, que em tudo condicionam, o consumidor, à compra por impulso.

Estruturas pequenas, ou familiares, estão mais concentradas na produção e não no marketing.

Um Produtor Local
vive da qualidade,
porque está próximo
e tem uma reputação
para defender.

Os produtores locais vendem a sua produção porta-a-porta, em cabazes ou nas feiras e mercados locais. Ou seja, são estruturas pequenas, ou familiares, que estão concentradas na produção e não no marketing alimentar, e isso faz toda a diferença! 

Um produtor local, para conseguir colocar os produtos em sua casa, tem que ter um preço razoável e qualidade!

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Quando vai a um produtor local, não tem que percorrer labirintos de prateleiras armadilhadas com música a "bombar", luzes a piscar, jovens atraentes a incitar à prova e cartazes com gatinhos ou criancinhas fofas, a fazê-lo sentir-se culpado, por não mimar com "guloseimas saudáveis" os seus entes queridos.

Está a ser formatado para o Consumismo? 

Cabe-lhe a si responder a esta pergunta!

Não é por acaso, que na linguagem tipo das grandes superfícies temos "o consumidor", enquanto na linguagem mais comum dos mercados de proximidade temos "o cliente". Até na formatação da linguagem, muitos já adotam a figura do "consumidor moderno" por contraponto a... Si?

O consumidor moderno é "exigente" e "sofisticado". Mas na realidade, o que é que isto quer dizer?
Quer dizer  apenas, que já não basta às multinacionais, um mero consumidor, agora é preciso espremer o salário do "consumidor" convencendo-o de que tem necessidades especiais e distintas das de um "mero consumidor" . Assim, transformando o consumidor viciado em compras, num "consumidor moderno", é possivel vender-lhe, ainda mais, produtos por impulso, e também convencê-lo de que precisa de vários tipos diferentes de café; de frutas descascadas e fatiadas; de pasta dos dentes especiais; de sapatilhas hiper-super-especiais; de um sem número de acessórios e um ilimitado stock de cremes e perfumes específicos, para problemas tão específicos,  que nem ao diabo lembraria!

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Porque só assim, com "consumidores modernos", é que as multinacionais conseguem criar "necessidades artificiais" para vender mais, e mais, e mais... (onde é que isto vai parar?)

E, para um "consumidor atento", os exemplos não faltam:

  • restos da indústria alimentar, vendidos como comida gourmet para animais, em embalagens luxuosas;
  • uma simples lixívia aromatizada, sob a capa de um potente desinfetante especialíssimo para o lar;
  • o mesmo creme, em embalagens diferentes, a preços diferentes, porque é para utilizações diferentes;
  • o mesmo produto alimentar em mini-doses, ao dobro do preço, com o dobro do plástico;
  • a fruta no limite da validade ou da qualidade, vendida como fruta premium - depois de espremida, e adoçada, e vitaminada - numa embalagem xpto;
  • água com açúcar e aromas, vendidos como produtos premium, que nos fazem sentir especiais;
  • doces "todos iguais"- na sua composição, que só variam na cor (artificial) e no sabor(artificial) vendidos como "todos diferentes";
  • etc...etc...

As prateleiras dos hipermercados, estão cheias de exemplos destes!

Difícil mesmo, é encontrar produtos verdadeiramente frescos, locais e saudáveis - a bom preço!

Um estado duro com os fracos
e fraco com os fortes.

Até porque os pequenos produtores locais, não conseguem competir com os seus produtos, num mercado com regras de acesso tão desiguais, formatado para a concentração das estruturas de produção e de distribuição, onde imperam os grandes produtores (ou as grandes associações de produtores) e as grandes superfícies comerciais!

Mariana Barbosa

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